Vale a pena recordar o que escreveu em 1973 in "À Espera dos Deuses", a propósito da morte de Pablo Neruda e que bem se pode aplicar à sua morte :
« morreste Neruda. ninguém mais tem os dedos no coração, medindo o pulsar do amor. os teus versos vão-se desfazendo nos olhos dos abutres, enquanto as palavras criam raízes nas folhas brancas que deixaste apodrecer. são poemas de ouro ofuscando os dias com o seu brilho. ah! Neruda, ninguém soube que a tua carne é que devorará a madeira do teu último leito. ninguém soube, porque todos morreram contigo ao morreres, meu poeta sem fim.»
Coimbra 30 de Março de 2005
Castanheira Barros

Fim de ano no Funchal

Última foto com José António - Ilha da Madeira 9-01.2005
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