07 maio 2005

ALBERTO JOÃO JARDIM visto por João Carlos Abreu

Jardim «discute mas não impõe»



João Carlos Abreu é um dos secretários regionais que estão há mais anos no Governo.
Tomou posse como secretário regional do Turismo e Cultura, pela primeira vez, em Janeiro de 1984, mas desde 1979 que está na Secretaria.
João Carlos Abreu diz que o presidente do Governo tem «uma cultura extraordinária» e elogia o seu «sentido de Estado».
Jardim é «o grande líder» da autonomia e da transformação da RAM.
«Tenho 70 anos e isso dá-me autoridade para o dizer», sublinha.
João Carlos Abreu entende que a Madeira venceu onde o país falhou. Ou seja, a RAM sempre teve um projecto e o País não.
O secretário regional do Turismo e Cultura considera o presidente uma «pessoa inovadora», «positiva» e «um político que sabe decidir e avaliar. É uma personalidade verdadeiramente fascinante», conclui.
O secretário elogia, por outro lado, o relacionamento de Jardim com os restantes membros do Governo: Alberto João Jardim «dá-nos toda a liberdade. Acredita em nós e nós procuramos corresponder. Ao contrário do que se pensa, ele não impõe nada. Ele pode discutir, mas não impõe».
Sobre a continuação de Jardim pós-2008, o secretário regional diz que essa é uma decisão que cabe apenas ao presidente.
Jardim «nunca revela a ninguém o que vai fazer amanhã», alega.
João Carlos Abreu afirma, por outro lado, que, «se não fosse por Alberto João Jardim», já se tinha ido embora do governo.
Quanto à sucessão e aos “delfins”, o “histórico” do governo entende que esse assunto «talvez é criado propositadamente». Mas, no seu ponto de vista, os “delfins” não existem. «Não sei o que é isso». Disse, contudo, que há muita gente dentro do PSD capaz de governar, apesar de não terem «a persistência e a tenacidade» que Jardim tem.
Neste dia, João Carlos Abreu deseja ao presidente «muita saúde e que continue a sonhar com a transformação da Madeira».

in Jornal da Madeira 17 de Março de 2005